segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Um Baú de Monstruosidades






Lucas e Fernanda tinham acabado de entrar na casa dos avós, como já conheciam o local, se instalaram facilmente. Dona Rosa serviu a eles uma pequena e fervente tigela de mingau. Depois de terminarem a refeição, conversaram um pouco com Dona Rosa, que estava animada por rever seus netos. Depois da conversa, Dona Rosa foi para cama, onde o avô Alberto já dormia. Os jovens sentaram-se no sofá e assistiram um pouco de televisão. Mais tarde, foram dormir.
No dia seguinte, os visitantes, sonolentos, desceram as escadas em direção a cozinha, onde estava dona Rosa, esperando por eles com o café já na mesa. Comeram tudo rapidamente, estavam com muita fome. Entediados, resolveram brincar de esconde-esconde. Mantiveram-se ocupados pelo dia todo, até a chegada do crepúsculo vespertino. Lucas quis se esconder no sótão na próxima rodada. Então, quando Fernanda começou a contar, Lucas subiu as escadas apressadamente.
Chegando lá em cima, escondeu-se atrás de uma poltrona. Pensou em se esconder dentro de um baú, que tinha do outro lado da sala, para maior dificuldade de Fernanda. Então, rastejou-se pelo chão para chegar ao baú sem fazer barulho. Chegou até ele. Abriu-o e, para sua surpresa, não havia objetos lá, mas sim monstros!
Aterrorizado com a imagem, fechou o baú e saiu correndo sem olhar para trás. Quando viu Fernanda procurando-o pela sala, disse:
- Fernanda! Precisamos fazer alguma coisa com um baú que há no sótão! Está cheinho de monstros!
- Ah! Sabia que o coelhinho da páscoa veio me visitar no tempo em que esteve longe de mim? – ironizou Fernanda, rindo após a frase.
Então, Lucas a desafiou para abrir o baú e comprovar se sua palavra estava mesmo certa. A jovem aceitou facilmente o desafio. Foi ao sótão e abriu o baú, sem medo. Aterrorizada como Lucas, fechou aquele depósito de monstruosidades e saiu correndo até a sala, onde Lucas a esperava apavorada e tremendo até não mais poder.
- Desculpe-me! Você tinha razão, mas o que vamos fazer agora?!
- Eu não sei, mas vou pensar em algo.
Fernanda e Lucas vão se deitar, mas dormir eles não conseguem. No outro dia, Lucas se levanta com uma ideia para acabar com aquele problema: decide ir ao sótão com a irmã, pegar o baú e jogar no pântano. Mas, eles encontram um problema: o baú estava preso ao chão, era um elemento da casa, e, se eles o retirassem, não sabiam que consequências receberiam. Mais um dia se passou e Fernanda decidiu pegar armas, como facas e outros utensílios da cozinha, para enfrentar os monstros do baú. Lucas concordou com a ideia, então, logo se equiparam e foram à “batalha”. Lucas entrou primeiro e aproximou-se do baú, junto de Fernanda. Abriram o baú e atiraram facas, utensílios de madeira e muito mais objetos. Mas, depois de acabarem objetos para atacar, descobriram que aquilo era apenas um projetor barato! Descobriram que um botão estava emperrado, então fazia muitos vídeos e sons! Foram à cozinha e sentaram-se à mesa, pasmos com a descoberta. Alguns minutos depois, receberam a notícia de que seus pais haviam chegado. Arrumaram suas malas e entraram no carro:
- Gostaram do final de semana? – perguntou-lhes o pai.
- Sim. Claro que sim.
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